sábado, fevereiro 25, 2006

A responsabilidade de um voo

Ontem fiz uma experiência e escrevi aqui (neste MEU cantinho) algo que já andava a deambular pela minha cabeça há algum tempo. Ao que parece quando escrevemos aquilo que nos vai na alma, de uma forma sincera, tudo se torna mais fácil. E uma das tarefas que me parecia das mais complicadas foi, de facto, das mais fáceis que executei até hoje! Da minha imaginação e sentimentos para o teclado as letras saltaram e as palavras apareceram juntando-se em frases que traduzem TUDO!

A minha maior surpresa foi quando li os comentários. Confesso que fiquei vaidosa, foi q.b., mas fiquei vaidosa comigo e por mim. Porque uma bocadinho de vaidade nunca fez mal a ninguém e, como diz a senhora do anúncio, "se eu não gostar de mim, quem gostará?" Surpreendente foi também este post. Fiquei sem palavras quando o li. Sou assim.... (e quem me conhece sabe que é complicado ficar sem palavras, porque sou uma faladora nata)

Daqui para a frente sinto-me com outro tipo de responsabilidade quando escrever as minhas linhas diárias por aqui. Suponho que é assim que um actor ou cantor se sente quando é reconhecido com um prémio. O meu prémio foram as palavras de pessoas de quem gosto e que me são próximas. Caramba! Confesso que depois daquele texto, as vossas palavras devolveram-me alguns sorrisos bons e muito, muito agradáveis. Posso não ter aquele "presente (perfeito) do indicativo", mas tenho outras coisas, igualmente boas, que também me fazem bem, deixam com sensações agradáveis e de felicidade e são no presente (perfeito) do indicativo. Por vezes, temos que ser lembrados daquilo que temos para não abusarmos daquilo que não temos. :)

Desculpem a lamechiche, mas às vezes tem que ser e eu não podia deixar de o fazer. Não é defeito, é mesmo feitio (há quem o apelide de soviético, seja lá o que isso for).

Saudações virtuais

NB - É mesmo uma confissão: durante parte do dia de ontem aquele post terminava assim: autor anónimo. Pensei que era uma forma de fugir a perguntas ou situações mais constrangedoras para mim. Sim, eu no fundo sou uma rapariga tímida. Mas num acto de loucura total e de muito arrojo (pelo menos para mim) voltei a editar o texto e retirei aquela notinha que era em tudo falsa. Assumi, assim, a minha alma em público. E sabem que mais? Ainda bem que o fiz. Ontem a minha pessoa cresceu mais um bocadinho e isso são os grandes prémios que retiro desta vida.

1 comentário:

AR disse...

As tuas palavras transbordaram de verdade. De tão cruas tornaram-se emotivas e plenas de beleza.