Hoje. Entre as 10 e 11 da manhã. Uma mulher entra no prédio da sua casa. Sobe um lance de escadas. É assaltada. O homem entrou sorrateiramente. Atrás dela. Deu 2 ou 3 puxões e levou-lhe a mala. Conteúdo: dinheiro, documentos, telemóvel, óculos e outros pertences. Gritos, muitos gritos. Ele foge. Outro homem oferece-se para ajudar a apanhar o primeiro. Nunca mais se ouve falar dele. Choro. Susto. Medo. Raiva. A mulher tem 80 anos. Aconteceu hoje no meu prédio. A mulher é a minha tia. Não houve violência física, mas psicológica. Os puxões deixaram uma imensa nódoa negra e um arranhão feito pela correia do relógio. Passam depressa. A dor na alma, o susto e o medo é evidente que não.
Dentro do próprio prédio é o que nos confunde mais, não é? Vítima fácil por ser uma velhota, é verdade. Mas não é desculpa. É doloroso e dói na alma.
Não sou uma pessoa alarmista, por regra. Apesar desta vaga de insegurança que tem assolado o país tenho conseguido manter-me tranquila e, felizmente, sem problemas. Considero-me uma pessoa cuidadosa e atenta e procuro agir da mesma forma no meu dia-a-dia. Mas quando é à porta de casa, garanto-vos, o medo aumenta e o susto é grande. Principalmente quando a(s) vítimas(s) são aqueles de quem gostamos.
Deixo um conselho que eu própria já praticava, mas apenas de quando em vez: quando sairem ou entrarem nos prédios de vossas casas CERTIQUEM-SE de que a porta ficou fechada.
Saudações virtuais