Acabei de ver na SIC uma reportagem sobre o lançamento de um novo serviço dos CTT: o ViaCTT. O primeiro utilizador foi o nosso primeiro-ministro, José Sócrates. As imagens mostraram o nosso primeiro a receber uma carta com aviso de recepção. Como todos sabemos este aviso é reenviado, depois de devidamente assinado pelo destinatário, ao emissor da carta. Diz a funcionária dos CTT a José Sócrates: "Assine, se faz favor, à frente da cruz". Diz a jornalista, autora da reportagem: "E José Sócrates assinou de cruz".
Ex.ma Senhora Jornalista,
assinar à frente da cruz é completamente diferente de assinar de cruz. Eu explico: a primeira significa escrever o próprio nome num local sinalizado com uma cruz e a segunda significa fazer uma cruz em substituição da própria assinatura contra apresentação do Bilhete de Identidade. Normalmente, esta última situação acontece com as pessoas que não sabem escrever e também pode ser substituida pela própria impressão digital.
Pergunto eu: não há edição na SIC ou a jornalista achou mesmo que estava a dizer uma grande coisa? Custa-me assistir todos os dias a disparates deste género. Não custa nada aprender ou tomar atenção aquilo que se faz, escreve e diz. É que há muita gente que depois vai dizer eu ouvi na televisão. E essas mesmas pessoas consideram que ouvir na televisão é o mesmo que ouvir uma verdade absoluta.
É importante que os jornalistas saibam que, todos os dias, ajudam a educar um povo e estes exemplos, infelizmente, surgem todos os dias.
Saudações virtuais
Ex.ma Senhora Jornalista,
assinar à frente da cruz é completamente diferente de assinar de cruz. Eu explico: a primeira significa escrever o próprio nome num local sinalizado com uma cruz e a segunda significa fazer uma cruz em substituição da própria assinatura contra apresentação do Bilhete de Identidade. Normalmente, esta última situação acontece com as pessoas que não sabem escrever e também pode ser substituida pela própria impressão digital.
Pergunto eu: não há edição na SIC ou a jornalista achou mesmo que estava a dizer uma grande coisa? Custa-me assistir todos os dias a disparates deste género. Não custa nada aprender ou tomar atenção aquilo que se faz, escreve e diz. É que há muita gente que depois vai dizer eu ouvi na televisão. E essas mesmas pessoas consideram que ouvir na televisão é o mesmo que ouvir uma verdade absoluta.
É importante que os jornalistas saibam que, todos os dias, ajudam a educar um povo e estes exemplos, infelizmente, surgem todos os dias.
Saudações virtuais
10 comentários:
Vai linda esta "fonte de cultura"!
O problema, neste caso em particular , penso que iniciou com o estilo "mediático" da Manuela Moura Guedes... E face às audiênias, mal parece e pouco rende manter a isenção e a factualidade dos noticiários. Então lá vai de gracinha uma atrás da outra.
Não havia comentadores e convidados especiais que bastasse? Ou em contenção de custos concentram-se os papeis num único interveniente?
Começam a não ter piada nehuma as gracinhas destes "profissionais".
Será que podiam começar a separar a Reality-TV dos noticiários?
David,
sejas muito bem-vindo! Espero que voltes muits vezes e comentes, pq sei q tens aparecido. O problema aqui é que a jornalista não fez gracinha e acha que fez uma gde coisa. E pior que isso é que cada vez mais os noticiários são uma reality-tv e sendo as notícias e as reportagens a minha área de trabalho, tenho a confessar q me entristece a forma como anda a informação em Portugal e no resto do mundo. :-(
Eu tenho uma opiniao de que as noticias e os noticiários em Portugal, sao muito prolongados e vao buscar noticias, que por vezes nao interessam a ninguém, e esta noticia depois, dura e dura e dura, e ou perdemos o interesse completamente e mudamos de canal ou vamos simplesmente embora, ou apanhamos ali uma grande seca. O facto de viver na Alemanha, dá-me outro exemplo de noticiários, dao as noticias de maneira mais compacta. Os noticiários mesmo em si, nao se arrastam, mas têm todos os dias os mesmos minutos (o que nao se pode dizer dos portugueses) e depois se querem alargar mais este ou aquele tema há outros programas para isso.
Acho que têm de perder um pouco a mania de fazer reportagens em directo a torto e a direito, e depois andar a fazer perguntas tipo: "Vamos ver qual é opiniao desta senhora que aqui está, sobre o nosso assunto?" e a senhora que nem percebia patavina do que ele queria, ali em fica em frente á camara, para aparecer na tv...
E o pior é que isto parece ser o pao nosso de cada dia por aí.
É algo que me aborrece muito na televisao portuguesa, pois o facto de ser emigrante, me leve sempre que posso tentar ouvir o que se passa por terras lusas, mas assim por vezes nao me apetece... aborreco-me...
Desculpa o testamento.
Beijinhos :)
Estes jornalistas não prestam para nada! ;)
Ora pois que está aqui um ponto de vista muito bem visto.
às vezes pergunto se há alguma informação. Pergunto se não haverá antes desinformação...
Lindo! Mais lindo só se o Zezinho tivesse mesmo assinado de cruz!
Não sei se foi a mesma "Sra", mas ontem ouvi uma reporter da SIC a dizer: "-Está milhares de pessoas aqui.."
É o apocalipse...
mamaíta,
tens razão, mas por cá os programas de debate não têm muitas audiências e por isso concentra-se tudo nos telejornais. Concordo contigo quando dizes que aqui toda a opina sobre qualquer coisa, mas o problema é de quem lhes dá a palavra. E de facto, a maioria das pessoas quer ter os seus 15 minutos de fama. Prova provada é o sucesso dos reality-shows em Portugal.
rosa,
felizmente nem todos. felizmente... :-)
o universalista,
infelizmente parece-me que vai havendo mais do segundo do que da primeira. infelizmente...
elora,
de cruz. e olha que às vezes a dúvida fica. infelizmente...
ana,
o que é pena!
empregado de balcão,
também começo a achar que sim. :-(
Mai nada... Afinfa-lhes!!! Ontem na Tv7Dias também vinha que o Maniche foi criado num bairro da lata e não num bairro de lata. E infelizmente este é só mais um (mau) exemplo. Duh...
Enviar um comentário