O meu imaginário #2

Ao segundo momento desta rubrica descubro que cada pesquisa me devolve sorrisos e me traz recordações fantásticas da minha vida. Desta vez recuamos até aos idos de 1984 e aos vencedores do Festival Eurovisão da Canção.: Herrey's.

Eu ainda sou do tempo em que o país parava, primeiro, para assistir ao Festival RTP da Canção e, posteriormente, ao Festival da Eurovisão.

Vá-se lá saber porquê, estes três manos eram um bálsamo para a minha vista e para a da minha prima. A fita do vídeo deste Festival passou vezes sem conta cá em casa e não se partiu por mera sorte, concerteza. Estávamos sempre a ver os manos e sabíamos de cor e salteado a coreografia e a letra (a parte inglesa, claro). Cada uma suspirava por um mano, eu como era a mais velha decidi logo que o do meio (o mais velho) era para mim e a minha prima, até tinha sorte porque, ficava com os outros dois. As gargalhadas que dou agora por causa desta história são inexplicáveis, mas a adolescência é isso mesmo: uma altura em que (quase) tudo nos é permitido. Grandes shows demos à família ao som deste Diggi-loo Diggi-ley e grandes serões se passaram.

Hoje a 22 anos de distância pergunto-me que raio víamos nós nuns meninos tão pirosos com umas botas douradas? E que raio de coreografia é aquela? (Principalmente aquela em que andam para os lados juntando as pernas e agitando os braços, mais ou menos, ao primeiro minuto) E que dizer daquele movimento em que os braços fazem um círculo no ar antecipando a coreografia da Floribella? E os passos de break-dance?

Enfim, outros tempos e outras idades, mas sempre momentos muito agradáveis.

Nesta actuação os pontos já estavam dados e os irmãos Herrey's consagravam-se vencedores do Eurofestival de 1984 e eu fartei-me de dançar com eles e ao som deles.

E vocês lembravam-se destes manos? E desta canção?

Diggi-loo Diggi-ley (Eurovision Performance)

Saudações virtuais

NB - Neste ano Portugal concorreu com Maria Guinot, sentada ao piano, e o seu Silêncio e Tanta Gente. Eu ate gosto desta canção, mas continuo a preferir os manos. :-) Ah, é verdade, mas que raio via eu nos loiros? Nada contra, mas não têm nada a ver comigo!