O concerto - parte II

Este post é especialmente dedicado às amigas Sister San, 390º (estas duas fizeram parte da comitiva que se deslocou a Madrid) e Karvela que, apesar de quererem muito, por motivos de ordem pessoal não puderam estar presentes neste grande evento.

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Lembram-se destas palavras? Pois bem, a minha noite de 12 de Maio de 2007 não foi muito diferente da minha noite de 26 de Setembro de 2006. Duas diferenças: não foi a primeira vez que vi o senhor em palco e as cidades que acolheram o espectáculo. Mas passei por estados de nervosismo, alegria, emoção, lágrimas, euforia e muita, muita alegria. Há que dizer que o lado patriótico também foi muito importante, porque desta vez estava no meu país. Já não pensava que isto viesse a acontecer, mas aconteceu. Sabem quando falo das desilusões dos sonhos? E nestes momentos que percebo que os sonhos valem bem pena! O que vos posso dizer deste concerto que não vos tenha já dito sobre o concerto de Madrid? Que gritei muito mais, que estive ainda mais perto do palco e vi o Jorge Miguel a abanar a anca como só ele sabe a escassos metros de mim (e que fiquei estática que nem uma adolescente sem saber como reagir lol), que tive uma noite e sábado felicíssima e que além do grande artista estive também com pessoas que são muito importantes para mim (mesmo as que não estavam mesmo ao meu lado, mas estavam ali à distância de poucos metros).

Aquela voz é uma coisa extraordinária: cada vez mais madura, sem nunca desafinar, sempre no tom certo, cada vez MELHOR! Como dizia a C, amiga da minha amiga CAC, "é uma voz orgásmica" ao que a CAC acrescentou "múltiplos"! :-) (Sim, sabemos que o moço joga na outra equipa, mas não somos ceguinhas e nem surdinhas lol). E que dizer da presença em palco? FABULOSA, sempre bem. Desta vez, o Jorge Miguel esteve muito mais comunicativo e o diálogo com o público foi uma presença mais assídua. Cantou connosco, deixou-nos cantar sozinhos, elogiou-nos (a todos os 27 mil!) e sorriu, sorriu muito. De alegria, de satisfação, em forma de agradecimento e, no final, aplaudi-nos a nós: ao público que se deslocou a Coimbra, de todos os pontos do país e do mundo, para o ver. Vi satisfação e agradecimento na cara dele e se eram falsos então além de um grande cantor, o Jorge Miguel é também um grande actor. Mas duvido que fosse fachada, porque penso que há coisas que não se podem disfarçar.

As músicas??? As melhores de sempre,claro! Letras de histórias reais, palavras mágicas como, por exemplo, If you are the desert i'll be the see/ if you ever hunger, hunger for me do Father Figure. Houve magia em Coimbra, muita e também algum histerismo, há que dizer as verdades. Cantei como se não houvesse amanhã e dancei o que pude, porque me auto-lesionei logo no início do espectáculo. Há fotos, há filmes e há, principalmente, lembranças de uma noite que nunca vou esquecer por muito anos que viva. Voltei a ser adolescente, voltei a vibrar, voltei a ser feliz e até me ajudou a voltar a acreditar em tanta, tanta coisa.

Como espectáculo foi mágico: muita luz, muita cor, imagens lindissímas de fundo; o mesmo que em Madrid mas "em melhor", expressão usada pela minha amiga SLR. De salientar que a passadeira acrescentada ao palco foi a cereja no topo do bolo, porque permitiu uma maior proximidade entre nós e ele.

Se se estão a questionar sobre qual o melhor concerto: Madrid ou Coimbra? Não há como escolher, ambos foram os melhores concertos da minha vida. Madrid foi o primeiro (e não há amor como o primeiro), mas Coimbra soube a Portugal, a sentimento luso e deixou saudades, muitas. Tantas que já anseio pelo próximo concerto do Jorge Miguel. Sim, porque não? Para quem pensava que nunca o ia ver e em oito meses já assistiu a dois grandes concertos, porque não continuar a sonhar?

E óbvio que só quem lá esteve sabe o que sentiu e pode descrever tudo o que viu e, é óbvio também, que a minha crítica nunca será objectiva, mas como não sou mentirosa podem acreditar em cada palavra e em cada linha

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Saudações virtuais