domingo, maio 11, 2008

O fim de uma fase

Tudo aquilo que faço é desenvolvido com dedicação e gosto. Se estas duas características não estiverem presentes então simplesmente não me dedico a um projecto. Não se trata de não saber perder, trata-se de dar o meu melhor e um contributo válido e positivo a todas as actividades a que me dedico ou às quais penso a vir dedicar-me. Isto é válido quer na vida pessoal quer na profissional. Não gosto do deixa andar, não aprovo o "desenrasca", não acredito em graxa e bajulações desnecessárias. Sou o que sou e nunca enganei ninguém. Quem está comigo sabe exactamente com o que pode contar e quando pode contar. Nunca disse que não a um amigo e nunca disse que não a uma tarefa. Quando o faço é porque a amizade acabou ou porque a tarefa deixou de ser importante e de representar um desafio. Perguntam vocês, leitores assíduos (não o são mais porque a escrita por aqui também deixou de o ser), a que propósito vem este meu discurso? Ou que raio lhe estará a passar pela mente? Explicações ou mais desabafos ja a seguir.

Na sexta-feira passada terminou mais uma fase da minha vida. Teve tempos aúreos, chegámos a formar uma equipa de sete pessoas dedicadas, companheiras, respeitadoras e interessadas naquilo que faziam e desenvolviam. Foram quatro anos de muita luta, muito desafios, alguns desentendimentos (que nem tudo é, nem deve ser, um mar de rosas) e de resultados positivos e animadores. Cada obra feita era como se de um filho tratasse e isso foi a nossa maior alegria. Ao longo desses anos a equipa foi diminuindo, as vicissitudes da vida assim o determinaram, mas mantiveram-se e, em alguns casos, consolidaram-se relações de amizade verdadeiras e muito saudáveis. Por ordens que sempre me ulrapassaram nunca se substituiu quem saia e fomos sendo cada vez menos. Até ao dia em que o projecto foi integrado noutro e já só restávamos duas pessoas do projecto inicial. A relação entre nós tem crescido desde que nos conhecemos, e já lá vão oito anos, e o convívo diário tem aumentado a cumplicidade que nos une e nos faz continuar. Ainda que inseridas noutro projecto com o mesmo objectivo mantivemo-nos juntas (ou mantiveram-nos) até meio da manhã da passada sexta-feira. E agora entra a lamechiche, ahhh pois é. Doeu ver-te sair ainda que fiques no mesmo edificio e a poucos metros de distância. Este foi mesmo o final daquela fase. O melhor de tudo é ter-te como AMIGA e como um das pessoas em quem mais confio neste mundo. É bom saber que estás sempre aí e tu, mais que ninguém, sabes como preservo os valores da amizade, do respeito e do companheirismo. Quanto a trabalharmos juntas, tenho cá em crer que ainda o vamo voltar a fazer. Afinal, equipa que está a ganhar não deve ser alterada, certo?

Saudações virtuais

5 comentários:

Anónimo disse...

"O fim é apenas o princípio"... de uma nova fase, uma nova vida, mas sempre a continuação de tudo o que de bom fica para trás e nunca deixa de fazer parte de nós.

Inté ***

Susana Guerreiro disse...

Força nisso rapariga, melhores dias virão...

Diário de um Anjo disse...

As mudanças podem ser positivas desde que encaradas como tal.
Beijinhos

Elora disse...

As coisas só podem fica melhores. E as amizades são independentes das porcarias todas.

Unknown disse...

Ainda o vamo voltar a fazer? Andaste a passear pela Buraca e pela Cova da Moura, foi?

Queres dizer com este discurso todo que já não és nha amiga (não é erro, é para falar como tu falas agora!)? É que, a letras tantas, dizes que nunca dizes não a um amigo e... no outro dia deste-me balda só porque estavas a comprar uma esfregona nova e um piaçaba moderno no Continente e tal...

Foram efectivamente bons tempos mas a vida é feita de ciclos. Este novo é apenas mais um de muitos mas ó pá, quando é que vem aquele em que passamos a viver de pés descalços nas areias escaldantes do Bazaruto? Venha esse ciclo!