Eis um caso em que a velha máxima "à primeira estranha-se, mas depois entranha-se" se aplica na perfeição. Não é o espectáculo da minha vida, mas dentro do género está bem conseguido, engraçado e com piada. Perguntam-se vocês: mas que raio foi ela ver? Eis a resposta:
O que se passa em palco durante todo o musical é um grupo de rapazes nus a cantar e a dançar. E há um dos manos Feist, ao piano, vestido e a tocar. Ah, de vez em quando os moços nus vestem-se e de vez em quando despem-se. Há canções mais alegres e divertidas e outras mais melancólicas que tratam assuntos mais sérios. Sou uma simples espectadora e é como tal que faço as minhas apreciações: gostei e não dei o meu tempo por perdido. Só tenho uma notinha: porque raio estas coisas só falam de relações homossexuais? Querem ver que os moços heterossexuais se tornam menos homens se mostrarem que têm sentimentos? (E antes que apareçam os comentários que terei de recusar vou avisando que não tenho nada contra a homossexualidade. Eu só distingo pessoas boas de pessoas más logo a sexualidade de cada um não é para aqui chamada e não é da minha conta.)
Por agora os rapazes estão fora de cena, mas regressam dia 19 de Novembro. Mais informações aqui.
Digno de um pequeno apontamento é a forma como as senhortas mais idosas entram na sala. Como os lugartes não são marcados é vê-las a furar entre a multidão para apanhar um bom lugar à frente. Contudo, na hora H intimidam-se e ficam cheias de pudor acabando por se sentar nas filas mais atrás. LOL A peça começou logo ali, na entrada.
Caricatura do português-tipo
O nome José Pedro Gomes no cartaz de um espectáculo já é razão para me fazer sair de casa. Mas quando a ele se associa o nome do não menos grande António Feio e textos de pessoas cujo trabalho respeito e aprecio, como o Sr. Marques então estão reunidas condições para me fazer deslocar ao local onde posso assistir a momentos, por certo, hilariantes. Sendo frase feita não deixa de ser verdade e voltei a não dar o meu tempo por perdido, mas de todo. Textos brilhantes que caricaturizam na perfeição o Tuga tradicional com apontamentos de humor de ir às lágrimas (eu, pelo menos, fui) de tanto rir. E depois o Zé Pedro Gomes (acho que me posso permitir esta piquena intimidade) é um actor que nunca nos desilude e nos deixa sempre com vontade de ver mais. Adorei o espectáculo e, este sim, ficou como um dos da minha vida. A presença do Galo de Barcelos é também de aplaudir. Um dos nossos maiores símbolos ao lado de um texto que mais português não poderia ser. Vale a pena ver,mas, agora é esperar por uma reposição porque, saiu de cena ontem.
Saudações virtuais
2 comentários:
O 1º não me chama muito a atenção. ;)
Já o 2º gostava bastante de ver; parto-me a rir com eles.
Pois que me parecem dois bons espectáculos! De estilos diferentes, mas interessantes.
Gostei da crítica cultural, tia! ;)
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