Pelos caminhos da Tunísia

Já o referi aqui e volto a referir: não tenho poder de síntese. Há custa disso o post que gostaria de publicar sobre a minha viagem à Tunísia tem sido adiado todos os dias. Estou a escrevê-lo há um semana e já vou em três (3!) páginas de documento word ( com muitos cortes pelo meio). Hoje resolvi colocar um basta nesta situação. Assim, apresento-vos um resumo muito resumido desta minha passagem pelo território africano.

Estive em Djerba durante um semana. Trata-se de uma ilha que pertence à Tunísia e que tem cerca de 500 quilómetros quadrados.

As portas do Saara, em Douz

Participámos numa excursão que nos levou ao deserto do Saara (mais concretamente, às portas do dito, a Douz). Gostei muito do deserto, daquele mar de areia salpicado de palmeiras de um verde especial e diferente. Vou voltar, com toda a certeza! Andar de camelo foi uma das mais surpreendentes experiências que tive até hoje. Gostei imenso, é uma sensação única que só pode ser percebida na primeira pessoa. Recomendo vivamente!

Neste passeio passámos ainda por Tozeur (uma cidade às portas do deserto), Chebika (com habitações tuaregues já desabitadas), a Grande Queda de Água, o Oásis de Zaafrane e o grande lago salgado Chott El Jerid atravessado por uma longa estrada que nos levou a um dos destinos.

Lago Salgado Chott El Jerid, a caminho de Tozeur

Há ainda a destacar a passagem por Matmata (a Hollywood tunisina), local onde foram rodados entre outros "Os Salteadores da Arca Perdida" e "A Guerra das Estrelas" e onde se pode ver a "paisagem lunar", onde foi filmada esta última película.

Paisagem lunar, em Matmata, a Hollywood tunisina

Por nossa conta, fizémos um tour pela ilha, num carro alugado (um magnífico, estonteante e maravilho Ford Fiesta preto; mas que não chega aos calcanhares do meu 206), durante dois dias. Vimos tudo o que havia para ver e mais: Houmt Souk (a principal cidade da ilha e o seu mercado típico), Guellala (cidade da cerâmica com peças lindissímas e um museu da cera onde se aprende muito), Midou (cidade movimentada com uma zona turística - leia-se lojas - imensa), La Ghariba (onde visitámos a única sinagoga da ilha)

Parte da sinagoga em El Ghriba, Ilha de Djerba

e mais alguns cantos, cantinhos e recanto de encantar. Aconselho vivamente uma visita a esta ilha. Na nossa excursão privada, ainda entrámos por território continental e visitámos Tataouine (onde existem as gorjas, celeiros antigos), Medenine (a única cidade onde vimos prédios e semáforos e que tinha um movimento de trafego louco como em Lisboa, em hora de ponta). Conhecemos pequenas localidades cujos nomes não fixámos (porque para nós eram todos parecidos) e que nem sequer constavam no mapa, mas que num ou noutro pormenor nos chamaram a atenção e das quais retivemos alguns detalhes que mais nos cativaram.

As pessoas são simpáticas e os comerciantes só querem vender. O pior, para mim, foi regatear os preços. É algo para o qual nao tenho queda, mas ao fim de dois dias num local daqueles parecia que o tinha feito durante toda a minha vida.

Cerâmica nas ruas de Midou, Ilha de Djerba

Digno de assinalar foi também o facto de ter ganho um novo melhor amigo: Ultra-Levur de seu nome. Graças aos couscous que comi e dos quais gostei bastante, mas o meu estômago não. :-) Felizmente já estou bem, no entanto ainda não consigo olhar para a foto dessa iguaria culinária.

Sim, também fizémos praia, mas pouca. Não era o objectivo principal. A água não estava quente e o mar estava calminho. Numa das tardes ainda passámos por um SPA (no resort) onde nos fizeram uma massagem relaxante espectacular. ai... ai...

Para resumo, já está enorme? Também acho! Se quiserem mais, façam como eu e vão até lá. E desafiem-me, porque quem sabe não aproveito a companhia e repito a viagem? :-)

Saudações virtuais