quarta-feira, janeiro 31, 2007

Bobby e um verdadeiro CINEMA

Ontem: Ante-estreia de Bobby. A trama não é uma, são várias. As vidas de 22 personagens cruzam-se no Hotel Ambassador, em Los Angeles, no dia no assassínio de Robert Kennedy. Histórias diferentes, algumas com objectivos comuns; solidão; traição; amor; amizade são os principais ingredientes desta película. Os resultados das eleições primárias nos EUA davam a vitória final como certa a Robert Kennedy. E quando esses resultados se confirmaram alguém apontou uma arma e... e o resto já todos sabemos. O que não sabemos é como esse acto selvático e bruto influenciou a vida de outras pessoas que em nada estavam relacionadas com vida da vítima (excepto uma, pelo menos no filme). O elenco é um luxo: Anthony Hopkins, Harry Belafonte, Charlie Sheen, Sharon Stone, Demi Moore, Helen Hunt, Elijah Wood são alguns dos actores que brilhantemente dão vida aos personagens. O meu conselho é: vão ver e já! Aproveitem que estreia hoje.


Esta noite marcou também um regresso a um cinema com "C" maiúsculo: o São Jorge, em Lisboa. Uma sala imensa, com um palco fantástico e com uma cortina que abre antes de começar o filme. Ah, e sem as malvadas pipocas que odeio quando vou ao cinema. A ideia é afastem de mim os mastigadores de pipocas e os sorvedores de refrigerantes. Não gosto e pronto! Eu ainda sou do tempo em que ir ao cinema era um ritual que implicava muitos aspectos dos quais tenho saudades: escadarias, a campainha que avisa o início do filme, a cortina à frente do écran, cadeiras confortáveis e os maravilhosos intervalos. Destes tenho mesmo saudades era a oportunidade de falar sobre o filme, criar expectativas, beber um sumo ou café, usar a o WC (lol), de (re)encontrar amigos e conhecidos, de esticar as pernas e de regressar ao filme e saber como terminava a história. Sim, eu sou de outro tempo. Hoje em dia ir ao cinema é uma pressa e o filme acaba num instante. Gosto muito, mas tenho saudades de salas grandes, de salas bonitas, com encanto e charme. Abomino salas pequenas por isso assistir a um filme nas Amoreiras nem morta (bem, neste estado não veria nada mesmo). Venham mais São Jorges, Tivolis e Condes, só para mencionar alguns. Tenho mesmo saudades de BOAS salas de cinema.
Saudações virtuais



4 comentários:

Empregada de mesa disse...

Pois é filhota ( e não mãe :))

Concordo em absoluto. Cinemas como antigamente é que era! É todo um imaginário que a miudage hoje em dia desconhece!

E já agora o São Jorge parece que tem agora um café restaurante lá em cima que é de ir espreitar!

Beijoca!

Elora disse...

Vi o trailer e parecia o kodak em noite de óscares. Mais uma vez acho que não é para mim.

BlueAngel aka LN disse...

emprgada de mesa,

mamãe, esse imaginário é um tesouro que, felizmente, nós temos e podemos recordar. Então temos de ir experimentar esse restaurante/café!!!

BlueAngel aka LN disse...

elora,

pode não ser para ti, mas apesar de estar recheado de estrelas nenhuma delas assume um papel de protagonista em particular. Estão todas em igualdade de circunstâncias e essa, talvez, seja uma das mais valias do filme. Porque de Bobby faz única e exclusivamente o próprio. Ahhh, pois é...