sexta-feira, setembro 18, 2009

Londres ou o regresso a casa

Ao contrário do que possam pensar nem fiquei em Londres para sempre e nem continuo de férias ad aeternum. Em ambas as situações, tenho pena, adoraria ter ficado em Londres e férias para sempre, dando-me a possibilidade de trabalhar só quando me apetecesse, seriam situações ideais. Mas quem disse que a vida era justa? Não sei, mas se disse mentiu.

O regresso a Londres foi fabuloso como seria de esperar. Desde a primeira vez que visito aquela cidade, nos idos de Outubro de 1998, que o sentimento é o mesmo e basta sentir o trem de aterragem do avião tocar no chão para logo pronunciar as benditas palavras: "home again!". E não há palavras que melhor descrevam tudo o que sinto quando deambulo por aquelas ruas visitando locais novos ou redescobrindo locais que sempre lá estiveram, mas que nunca tinha tido oportunidade de visitar. Gosto de tudo: dos cheiros, das pessoas, dos recantos, das lojas, dos museus, dos autocarros, do underground, das ruas movimentadas qualquer que seja o dia da semana, das manhãs, das tardes, dos entardeceres, das noites, da luz, do Tamisa, do pôr-do-sol e até mesmo sendo uma pessoa de sol (bem agasalhada) me vejo naquele Inverno cheio de chuva e vento. É Londres e Londres é isso mesmo. Transite-me: boas sensações, bons pensamentos, ajuda-me a arrumar as ideias, é uma cidade onde me sinto bem and where I fit in (e desculpem, mas isto só soa bem em inglês).

Desta feita foi possível visitar vários locais onde nunca tinha ido, como o Palácio de Buckingham (que só abre as salas comuns, ao público, em Agosto), ou de fazer descobertas fabulosas como o The Movieum of London, um museu sobre cinema cuja visita é imprescindível. Mas houve mais e tanto e tanto que não caberia num só post. Covent Garden é um luxo de local, com um ambiente acolhedor e cheio de artistas de rua espectaculares e surpreendentes. Um local onde me senti tão confortável e bem, muito bem. Não posso deixar passar em branco a Igreja de St. Martin-in-the-Fields, em plena Trafalgar Square, onde vi um dos mais bonitos e originais crucifixos de que tenho memória (e eu adoro visitar igrejas). Foi deslumbrante entrar, sentar-me e assistir a um ensaio para um concerto que ia haver nesse dia mais tarde. Tocavam-se Verão e Inverno de Vivaldi, duas das minhas preferidas.:-) Um assombro este momento.

Memorável foi também o passeio de gaivota pelo The Serpentine Lake, em Hyde Park. eia hora de exercício, tagarelice, gargalhada e sol na cara. Sim, porque em Londres houve dias em que os termómetros chegaram aos 30º seguramente e estava calor, muito calor.

E no capítulo das comidas? Quem disse que se come mal em Londres e em pubs? Concordo que não é a melhor comida do mundo, mas é boa e saborosa. Excepto o famoso fish and chips que detestei. E não posso deixar de fazer referência à famosa Banoffee Pie, um fantástico doce delicioso e cuja a receita original encontram aqui.

Não é possível deixar de referir o dia em que estive com um pé no Este e outro no Oeste. Sim visitei Greenwinch (deve ler-se Gréenich) e foi uma sensação engraçada estar com um pé de cada lado do mundo. Next stop, Equador. Além de querer estar no Norte e Sul ao mesmo tempo quiçá não encontro um Luís Bernardo perdido por lá? :-DDD

A isto tudo e muito mais juntem um grupo de amigos fantástico e estão reunidas as condições para uma semana, sim uma semana (7 dfas e 7 noites) de férias inesquecível e repetível, obviamente.

Fotos? Vou pensar no vosso caso e talvez consiga aqui colocar algumas das 1280 (mais uns filmezinhos) que tirei ao todo sem contar com as dos restantes veraneantes e éramos para cima de meia-dúzia. :-DDD

Agora, penso no dia em que vou regressar, porque Londres é e será sempre a minha casa e um local de encontro pessoal.

Saudações virtuais



1 comentário:

Elora disse...

Parte de mim viverá sempre lá. Outra parte de mim é feita de banoffie pie.