Não é que nunca tivesse imaginado "e se um dia...?".
Não é que não tenha treinado vezes sem conta as minhas respostas e aquilo que iria dizer sem mostrar esta loucura que me persegue.
Não é que não tenha medido cada sílaba, palavra e frase para não sair magoada e para tentar mostrar aquilo que se passa comigo e como as nossas opções podem (ou não), e neste caso de que maneira, alterar várias formas de ver a vida e de conviver com quem nos rodeia.
Não é que não tenha revisto cada vírgula, ponto final, exclamação, interrogação, dois pontos, reticências e outros sinais de pontuação.
Não é que não tivesse feito o trabalho de casa, estudado a lição e feito as revisões todas para que o exame final fosse a expressão exacta daquilo que acho e sinto.
Não é que a conversa nasceu do nada, sobre terceiros, e a lição tão bem estudada foi esquecida em fracções de segundo deixando por dizer tanto do que seria necessário e dizendo apenas detalhes que mostrando um ponto de vista não são o ponto de vista completo?
Não é que me surpreendeste com o tema e eu com tanta coisa para dizer não me me lembrei do que tanto tinha estudado e deixei mais de metade da matéria de fora?
Não é que tive uma nota que dá para passar, mas não me leva ao quadro de honra e nesta matéria, nesta matéria especificamente, eu não me contento com menos que o quadro de honra. Não porque seja melhor que ninguém, mas porque nesta matéria, nesta matéria específica, eu não prescindo dos meus louros tendo em conta as horas que passei a estudar e as noitadas que me vi forçada a fazer.
Conhecendo o universo como o conheço, mais dia menos dia, mais hora menos hora, mais minuto menos minuto, mais segundo menos segundo as palavras vão voltar e eu SEI que vou estar preparada para não deitar mais umas quantas ao vento e sim para mostrar que a lição está mais que sabida e que o exame final é como eu quiser e quando eu quiser.
Saudações virtuais
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