Por motivos de saúde, há uns anos uma amiga teve de colocar o pai num lar e em conversa confessava-me:
- Não sei se é a decisão certa. Mas sou sozinha; não tenho ninguém a quem perguntar portanto...
Felizmente, tudo correu bem. Mas nem sempre sabemos se a decisão é a certa... nem sempre... Não temos ninguém a quem perguntar, é isso mesmo...
Saudações virtuais
NB: Para os leitores mais dramáticos: Está tudo bem; isto são apenas desabafos, 'tá? :-)
5 comentários:
Oh deixa lá eu tenho irmão e se um dia tiver de tomar uma decisão do género será como se fosse única...
Rabbit,
pois isso é que considero ainda mais grave. :-(
Pois é, ser único nestas coisas é complicado. Passei pelo mesmo com o meu avô, que tinha quatro irmãos (que eu saiba, três ainda são vivos...) e, quando foi preciso ponderar lar/cuidados especializados em casa, simplesmente mandaram-me a um sítio menos próprio e remataram "tu é que és a neta, tu é que tens a obrigação" (embora por lei, meus caríssimos senhores, a obrigação fosse vossa, a minha era unicamente moral... sendo óbvio que nunca abandonaria aquele que foi o meu segundo e grande Pai). Costumo pensar que é nestes grandes apertos que descobrimos duas coisas: a nossa força interior e a verdadeira natureza de quem nos rodeia. Haja paz de espírito para saber viver com a decisão tomada e clarividência para discernir que ninguém sabe tudo, apenas tenta sempre fazer o melhor que pode e sabe. A mais não é obrigado.
Depois há quem tenha irmãs disponíveis para opinar. Não exatamente para partilhar decisões, mas sempre dá para ver outra perspetiva, digo eu.
eu também sou filha única e as vezes ocorre-me se um dia terei que tomar essa decisão.
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